Então, minha vida aqui por Mcp City é bem tranqüila, acordo cedo, vou pra aula, estudo a tarde e a noite, assisto algum filminho e leio um livro antes de ir pra cama. Coisas calmas e legais.
Essa quinta-feira tinha tudo pra ser assim, o dia começou como sempre, eu acordando atrasada por cursinho, perdendo uma boa parte da aula no LFG e blá blá blá. À tarde mesma calmaria de sempre, café, tédio e o direito penal me fazendo companhia com a sua teoria do crime enfadonha...
No comecinho da noite a Mamis resolveu sair de casa para ir ao supermercado e a farmácia. Até ai tudo bem, eu até gosto de ficar sozinha. E lá estava eu, no twitter e assistindo Tititi quando de repente me viro e vejo uma pessoa parada na porta do meu quarto. Minha dedução lógica era que a minha mãe tinha chego, viro de novo pro laptop e quando eu vou falar com a pessoa que eu imagino ser a minha mãe, não tem ninguém lá! Olho a garagem e sem carros, dou uma volta na casa e tudo trancado e sem ninguém. Momento de puro pânico!
Depois de muito choro, vela e mimimi (Mamis chegou logo depois) eu me convenço que o suposto fantasma foi apenas uma ilusão de ótica e vou pro mezanino (sala de TV) assistir um filmin, quando o vizinho deputado (o da frente de casa) começa com a palhaçada de toda santa noite (ok, exagero meu, mas isso é recorrente viu!) de carro de som com o volume na estratosfera e foguetes pra tudo que é lado. Abre parênteses aqui.
Os meus vizinhos do lado esquerdo têm um Pitt Bull endomoniado morto de bravo, que late, avança e é o terror da vizinhança, entretanto, apesar de toda essa postura de ‘macho’ o cachorro morre de medo de trovão e foguete e TODA VEZ que ele escuta um desses barulhos ele pula aqui pra casa. Eu sinceramente não sei como esse cachorro consegue tal proeza, visto que o muro daqui de casa é alto e tem cerca elétrica. Fecha parênteses.
Ouvindo os barulhos de foguetes eu falo pra Mamis “ih, o cachorro do vizinho já vai pular pra cá”. E não deu outra, passado alguns minutos eu escuto um barulho vindo do quintal, e quando fui ver era porra do Pitt Bull que estava quase morrendo afogado na piscina.
Aí, foi um ‘Deus nos acuda’ era eu gritando e rindo de um lado com uma escada na mão tentando fazer o cachorro subir nela com a força da mente, e a Mamis de outro correndo de camisola pra casa do vizinho para mandá-lo tirar o cachorro da piscina.
Ocorre que o vizinho não estava em casa. Daí, eu e minha mãe entramos em um dilema, quem é que arriscaria a sua vida para salvar o cachorro? (Vejam bem, esse cão não é um cão normal, ele é um cão do inferno, digno de ser comparado a Cérbero) Lógico que essa missão sobrou pra mim né! E lá fui eu de pijama e morrendo de medo pular na piscina para salvar o dito cão maligno.
Quando o cachorro nadava pro meu lado eu corria para o outro, era uma mistura de pânico e risos. No final, minha Mãe o chamou pra borda e eu só fiz empurrar a bundinha do cão satânico para fora da piscina. Como ele estava muito cansado, nem reparou quando eu saí da dita cuja.
Mesmo depois de toda essa missão, vocês pensam que o Pitt Bull me deixou em paz? NÃOOOOOO, ele ainda estava com medo dos foguetes que ainda estavam rolando, e depois de dar uma descansadinha, ele abriu a porta de trás de casa (que eu tinha me esquecido de trancar) e invadiu o banheiro em que eu estava tomando banho. Enfim, consegui escapar com vida do banheiro e o tranquei lá até ainda agora quando o Dono veio buscá-lo.
No final de tudo, me sinto mega orgulhosa de ter salvado o cão, e acho até que agora ele gosta de mim e é meu amigo (mas né, eu é que não vou ir lá fazer carinho nele!).
Pra quem achava que a vida está monótona, até que a minha quinta-feira foi bem animada. Né?
P.s.: Pra quem achar que estou sendo exagerada na descrição do cão, reflitam, ele não deve ter nem 40 cm de altura e pula um muro altíssimo com cerca elétrica e abre porta de casas alheias na maior facilidade. Ele pode até não advir das hordas infernais, mas normal essa porra não é!
2 comentários:
Ei rapá, Pit Bull geralmente é bonzinho, apesar dos ataques que aparecem na mídia de vez em quando. Eles costumam ser naturalmente agressivos apenas com outros cachorros, com humanos não. Acho que acabaste de ganhar um novo apelido: salva-vidas de cacorro.
Caraca, acho que nunca ri tanto na minha vida!!! eheheheh Que dia de cão literalmente!!! Pagava pra ver a cena da piscina, Helen e um Pit bull, ahaahahaha
E o mestrado, como ficou?
BEijos!
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